É Necessário Conversão para Servir a Deus?

Nestes 4 anos de blog, a maioria dos e-mails que recebo sobre conversão ao Judaísmo cita o desejo de servir a Deus. As pessoas vêem na conversão uma forma pela qual se sentirão mais conectadas a Deus, e desta maneira o servirão da maneira correta ou de uma forma pela qual se aproximarão mais Dele...
Nada está mais longe da verdade.
Verdade 1: sim, é possível que uma pessoa que não nasceu judia se converta ao Judaísmo
Verdade 2: uma conversão, mesmo ORTODOXA, NÃO GARANTE de forma alguma que tal pessoa se aproxime de Deus
Verdade 3: algumas vezes o resultado é CONTRÁRIO às expectativas, e após a conversão, a pessoa irá na verdade se AFASTAR de Deus
Há muitas lendas urbanas sobre conversão, e essa de "servir melhor a Deus" depois de convertido é uma delas.
Não Tem Nada a Ver, Mas Tem a Ver
Como meus posts NÃO são impressos, eu escrevo Deus e Hashem normalmente. Se meus posts fossem impressos, eu escreveria D´us e Hashem. Estas duas palavras NÃO são Nomes Divinos e NÃO consideradas sheimos (items que contém Nomes Divinos). Hashem é uma palavra hebraica que significa Ha = O (pronome), Shem (Nome)... O Nome...
Há pessoas que escrevem HaShem... outras Hashem... outras haShem... eu vou com a maioria de ortodoxos e escrevo Hashem, O nome.
Literalmente, a tradução de Baruch Hashem = Bendito seja o nome (divino).
As palavras Deus (português), God (inglês), Dio (espanhol), Dieu (francês) etc etc etc... não tem qualquer conexão com hebraico, então na ortodoxia, a maneira de escrevê-la varia do costume de nossa comunidade. Há pessoas que não escrevem Deus de forma alguma, escrevem somente D´us, ou outras variações como D-s, D-us etc. E há pessoas que escrevem Deus normalmente, quando sabem que o material não será impresso e D´us qdo o material será impresso... e até mesmo Deus, para material impresso, qdo sabemos que a cidade onde tal material impresso tem serviço de reciclagem, aí o material (papel) vai de forma mais respeitosa pros recicláveis.
Em resumo: não se estressem tanto, galera... eu ando vendo no Facebook gente com medo de escrever Hashem e fazendo malabarismos visuais para material que NÃO é impresso, como H--s-hem hauahauua Calma, gente... tvz eu traduza algum material com mais referências sobre este tema...
Mais sobre isso aqui: https://rabbikaganoff.com/what-goes-into-the-sheimos-bag/
VOLTANDO AO ASSUNTO
Então como estava dizendo, ops, escrevendo... muitas pessoas se preocupam como servir melhor a Deus e pensam que precisam de uma conversão ao Judaísmo para cumprir tal objetivo.
Não é assim que funciona. Uma pessoa, mesmo sem se converter a religião alguma, pode se aproximar e servir a Deus.
MITZVOT
A "isca" que atrai pessoas a cultivarem esta idéia de que "preciso me converter para servir melhor a Deus" são as mitzvot exóticas (nenhuma outra palavra me vem a mente, então vai 'exótica' mesmo) do Judaísmo.
Tais mitzvot exóticas são vistas como rituais "mágicos" que atraem o poder divino e assim, a conexão com Hashem.
Uau... nada mais longe da verdade.
Por mitzvot exóticas, me refiro a práticas e rituais que são inéditas, diferentes, únicas... coisas que ninguém no mundo faz além de judeus, por exemplo:
- acender velas de Shabat
- usar talit e tefilin
- cumprir Shabat (evitar trabalho criativo no Shabat)
- usar peruca (para mulheres casadas)
- frequentar uma sinagoga aos sábados
- rezar utilizando um sidur (livro de rezas)
E a lista segue adiante...
Muitas pessoas realmente pensam que no momento que começarem a fazer tais práticas, seu senso de conexão com Deus irá aumentar e elas viverão em um perpétuo estado de êxtase, como se cantassem a música "Voar, voar, subir, subir..." (se você não conhece a música, aí vai: https://www.youtube.com/watch?v=hpn9hHrPP1I) constante e infinitamente, com a felicidade de tal conexão divina inundando seus corações, voando, voando, subindo subindo como um balãããããão... hauahauau... uau... essa música agora vai ficar na minha cabeça por dias... afffff
Ok, o negócio é: mitzvot exóticas atraem pessoas curiosas e principalmente, pessoas infelizes com seu estado atual de espiritualidade... e no final, algumas pessoas que se convertem ao Judaísmo descobrem tristemente que cumprir tais mitzvot exóticas não mudam em nada a maneira como elas se sentem... elas continuam infelizes internamente... e algumas se arrependem de terem se convertido... outras não se arrependem, mas deixam de cumprir as mitzvot exóticas... olha, gente... eu me converti na ortodoxia em 2007 e já vi muuuuuita coisa.
ENTÃO COMO SE APROXIMAR DE DEUS?
Não sou hassídica, mas irei usar uma premissa mística que acredito piamente ser a verdade: Hashem já está dentro de você. Tipo... Ele te criou, certo? Colocou uma alma, que é parte Dele mesmo dentro de você... Ele já está em você, o tempo todo. Você já está próximo dele.
O que podemos fazer são atitudes que nos tornem CONSCIENTES desta conexão, atitudes que contribuam para que nos sintamos emocionalmente, psicologicamente e espiritualmente CIENTES que estamos DENTRO do que Hashem tem planejado para aumento da harmonia de Sua criação. É essa consciência que nos dá a sensação de estarmos próximos de Hashem.
"Seja santo, porque Eu sou santo"... SER é estar CIENTE, CONSCIENTE, de uma certa maneira, até mesmo se sentir RESPONSÁVEL por nossas atitudes... ao sermos santos, nós aumentemos a influência divina em nossas vidas, aumentamos a santidade (separação de coisas que possuem potencial de degeneração) de nosso meio ambiente, e nos tornamos parceiros de Hashem com o propósito de santificar o mundo.
UAU... E COMO SANTIFICAR O MUNDO?
É exatamente aí que muitos não judeus pensam que se colocarem tefilin, talit, usarem tzitzit estarão se aproximando de Hashem... e não é bem assim... o ato em si de colocar tefilin NÃO garante de forma alguma que o homem que os coloca esteja se sentindo conectado a Deus... as vezes acontece o contrário... tipo... se um homem tem má conduta pessoal e profissional, rouba (até mesmo trazer pra casa propositalmente uma mera caneta do escritório onde trabalhamos é considerado roubo) etc e aí ele coloca tefilin de manhã, mas continua cometendo seus crimes a tarde... tipo... é um assunto profundo... e tal assunto não está sendo explorado ou explicado...
Nessa onda de "somos todos judeus" ou "o mundo todo descende de judeus", o que estão vendendo para as pessoas é a ILUSÃO de que não precisam se refinar para servir a Deus... de que não precisam olhar para seu interior antes de se encher de artigos exóticos e práticas ritualísticas espetaculares...
NÃO JUDEUS PRECISAM CUMPRIR MITZVOT?
Esse é outro assunto que não é devidamente explorado ou explicado como deve ser.
Na realidade, judeus tem a OBRIGAÇÃO de cumprir mitzvot. Obrigação. Não é uma escolha. É obrigação. Se judeus cumprem mitzvot, há consequências. Se judeus não cumprem mitzvot, há consequências. As consequências afetam tanto o indivíduo quanto o klal (klal = povo), o coletivo. Uma mitzva que é cumprida traz consequências na vida deste indivíduo judeu, assim como trará consequência a todo o klal. Uma mitzva que não é cumprida por um(a) judeu(ia) também traz consequências individuais e ao klal. Tais consequências podem ser tanto de caráter imediato quando recebidas em conta-gotas, a longo prazo.
Pessoas que NÃO nasceram judias NÃO possuem obrigação nenhuma de cumprir mitzvot. Por isso a resposta mais curta e preguiçosa que damos para a pergunta "não judeus precisam cumprir mitzvot?" é um mero não.
O fato é que tais pessoas não possuem obrigação nenhuma, elas estão livres para cumprir certas mitzvot que estão abertas a todo mundo (algumas mitzvot são proibidas mesmo, até mesmo para a maioria de judeus, como as relacionadas ao Templo, sacerdócio etc) e se quiserem cumprir, ótimo... e se não quiserem, não sofrerão consequência espiritual NENHUMA.
MAS EU QUERO CUMPRIR MITZVOT JUDAICAS PARA SANTIFICAR A MIM MESMO(A) E AO MUNDO! COMO FAÇO?
Ok, se você quer mesmo, vamos lá.
A Torá não nos conta qual mitzvá é a mais importante de todas.
O Talmud (que é um conjunto de explicações, comentários, histórias e discussões sobre a Torá e todos os aspectos da vida judaica) também não nos dá nenhuma dica de qual mitzvá é a mais importante de todas e qual é a menos importante.
Judeus religiosos sabem disso, e por isso fazemos o possível para cumprirmos todas as mitzvot com o mesmo respeito e diligência.
Agora, para pessoas NÃO sabem do que acabei de explicar, as mitzvot exóticas se tornam uma ISCA, pois como são VISUALMENTE DIFERENTES do que estamos acostumados a ver no dia a dia, elas criam a ILUSÃO de que se forem praticadas, elas aumentarão a conexão destas pessoas com Hashem.
Não é bem assim...
SE VOCÊ QUER CUMPRIR MITZVOT, EU TE MOSTRO AS MITZVOT!!!!
Se prepare para ler uma grande lista de mitzvot que você, mesmo não sendo judeus, pode cumprir liberalmente! (caso você queira, porque não judeus não possuem obrigação de cumprir mitzvot)
Talvez você irá se decepcionar... mas de repente você vai gostar... vai saber...
O que acontece é que no momento que eu conto para as pessoas sobre as mitzvot que elas podem cumprir, muitas se decepcionam, pois tais mitzvot NÃO são visíveis, não elevam o ego (o propósito das mitzvot é destruir o ego, na verdade), não colocam uma pessoa em evidência, a maioria não rendem selfies, não dá pra colocar no Instagram...
Algumas pessoas tem dificuldade de aceitar que atitudes tão simples são na verdade mitzvot... muitas pessoas querem dificuldades, aumento de vaidade, subir o Monte Everest... e por isso não curtem quando eu lhes conto sobre o REAL mundo das mitzvot.
Ok, vamos parar de conversa e sermos mais práticos, certo? Pessoas que lêem meu blog não querem balela, querem coisas na prática. Então se você, caro(a) leitor(a) quer mitzvot para aumentar a sua santidade e a santidade do mundo, eu te mostro o caminho para cumpri-las.
E repito: não judeus não possuem obrigação de cumprir mitzvot, mas se você quer saber ou experimentar como é ser judeu no dia a dia, eu te ajudo.
MITZVOT DE DESTAQUE
Disse e repito que NÃO há na Torá ou Talmud qualquer indicação de que uma mitzvá seja mais importante que a outra, assim cumprimos todas com o mesmo respeito.
PORÉM, há no Talmud um trecho que nos aponta mitzvot de destaque, ou seja, mitzvot que possuem um potencial gigantesco de trazer santificação a nós mesmos e ao mundo. O potencial de transformação destas mitzvot é tão grande, que nossos sábios decidiram colocá-las dentro do Sidur, assim as repetiríamos verbalmente todos os dias, para não correr o risco de esquecê-las.
Essas mitzvot de destaque são descritas no trecho do Sidur chamado Birkat Hatorá, logo no início das bênçãos matutinas:
- Mishna, Peah 1:1
"Estes são os preceitos que não possuem medidas prescritas (... alguns trechos relativos a parte da colheita na época do Templo), ATOS DE BONDADE e ESTUDO DA TORÁ.
- Talmud, Shabbat 127a
"Estes são os preceitos cujos frutos a pessoa usufrui neste mundo mas cujas principais (recompensas) permanecem intactas (completas) para ele (a) no mundo vindouro. Eles são:
- KIBUD AV VA´EM : honrar pai e mãe
- GUEMILUT HASSADIM: atos de bondade
- chegar cedo na casa de estudos (sinagoga, digamos assim) pela manhã e a noite
- HACHNASSAT ORCHIM: hospitalidade a convidados
- BIKUR CHOLIM: visitar os doentes (e cuidar deles)
- HACHNASSAT KALLAH: ajudar uma noiva
- LEVAYAT AMET: acompanhar/ajudar em um funeral
- absorção em oração
- trazer paz entre as pessoas
- e o estudo da Torá é equivalente a todas elas" (porque ao estudar Torá, aprendemos sobre a importância de cumprir estas mitzvot)
Por quê estas mitzvot merecem destaque em nossa reza DIÁRIA? Porque nossos sábios não incluíram na bênção da Torá mitzvot como pureza familiar, cumprir Shabat, colocar tefilim????
Porque as mitzvot de destaque citadas acima lutam CONTRA O EGO. São mitzvot as quais nós não estamos contando com a recompensa nesta vida, mitzvot que nós fazemos e provemos materialmente e espiritualmente sem a intenção de receber nada em troca. Por isso elas são tão especiais.
Se você quer saber como é ser judeu, comece ao praticar tais mitzvot.
Prossigamos. Abaixo uma lista maior de mitzvot e suas referências:
- Reconhecer a existência de Deus (Ex. 20:2; Deut. 5:6)
- Respeitar os idosos e os sábios (Lev. 19:32)
- Não fingir que nada está acontecendo quando alguém está em perigo (Lev. 19:16)
- Não deixar um animal sofrer (Deut. 22:4)
- Não afligir órfãos e viúvas (Ex. 22:21)
- Não se esquivar de ajudar o pobre (Deut. 15:7)
- Dar tzedaka (caridade para o necessitado) de acordo com nossas posses (Deut. 15:11/Deut. 15:7-8)
- NÃO ENGANAR PESSOAS QUE SE CONVERTERAM AO JUDAISMO OU QUE PRETENDEM SE CONVERTER (Ex. 22:20)
- manter uma vida sexual somente com cônjuges e evitar qualquer desvio de conduta nesta área (Lev. 18:6-18)
- Não enganar àqueles com quem você faz negócios comerciais (Lev. 25:14)
- Não pressionar um pobre a pagar o que nos deve, quando sabemos que ele não tem condições de fazê-lo (Ex. 22:24)
- Ser justo nos negócios e jamais enganar em medidas comerciais (Lev. 19:36, Deut. 25:13-14, Lev. 19:35)
- Não atrasar o pagamento de seus funcionários (Lev. 19:13, Deut. 24:15)
- Não envergonhar o próximo (Lev. 19:17)
- Evitar seguir os caprichos de seu coração e dos olhos (Num. 15:39)
- DEVOLVER UM OBJETO PERDIDO AO SEU DONO (Deut. 22:1)
- Não ignorar um objeto perdido (Deut. 22:3)
- Não dar conselhos ruins ou colocar tentações diante de pessoas (Não colocar uma pedra na frente de um cego - Lev. 19:14)
- Não se fingir de cego diante do sofrimento alheio (Deut. 22:4)
Bom...isso é só o começo.
Eu sei exatamente o que a maioria está pensando "Mas não é isso que eu quero, Esther, eu quero cumprir Shabbat! Quero cumprir Pessach! Quero colocar tefilin!"
E eu digo: pense muito bem no que você quer e o real motivo por trás de suas intenções.
Eu me converti na ortodoxia no início de 2007 e até hoje eu não conheci uma única pessoa que se converteu ao Judaísmo (eu inclusa) cuja vida melhorou "da água pro vinho" (desculpem a referência cristã huehue). Não há. Se sua vida já tem desafios agora, acredite em mim colega, depois de uma conversão ao Judaísmo, esses desafios irão se amplificar.
Sim, temos fé em Hashem... mas... se você já acha sua vida difícil demais agora, o que acontecerá quando os desafios que a vida judaica traz se somarem aos que você já tem?
Pense nisso.
Não tem uma pessoa que diga "Ai, me converti ao Judaísmo, tudo ficou mais fácil, o sol brilhou mais, vivo sorrindo e feliz o tempo todo, minha depressão foi curada, minha ansiedade acabou, eu me sinto nota 10 o tempo todo, tenho trocentos amigos, bla, bla, bla, blaaaaaaaa"
Não.
Depois de uma conversão, a vida prossegue como sempre prosseguiu. Se você tem ansiedade, precisará aumentar a dose de remédios pq agora você é visto como um alvo de ataques antissemitas... se você tinha dificuldade para fazer amigos, você continuará tendo dificuldades (digamos que até maiores, já que sinagoga não é igreja e não tem momento de "visitante seja bem vindo" hauahuauaua)...se você acha que os preços do supermercado são altos, te garanto que você se irritará muito mais com os preços de carne e queijo casher... e... como um judeu por opção tem a OBRIGAÇÃO de cumprir mitzvot assim como judeus de nascimento, se rebelar contra as mitzvot pq elas começam a parecer difíceis demais só piora toda a situação, seja de forma imediata ou a longo prazo...
Sendo assim, pense bem sobre o que você realmente quer pra você, cônjuge e filhos.
Se converter ao Judaísmo é como entrar em outro país. Literalmente.
Se a conversão é casher, é como entrar legalmente em outro país... se a conversão é duvidosa, você será sempre visto como um cidadão ilegal e terá o mesmo nível de constante apreensão e stress.
Chegamos dentro da comunidade judaica como estrangeiros (ger = estrangeiro) e temos que começar do zero. É como chegar em um país onde não conhecemos ninguém e termos que começar a construir nossas vidas...
Encontramos prazeres, mas também encontramos dores. Quem já morou fora do Brasil, sabe. E muitos brasileiros que já se aventuraram fora, não aguentam o stress e voltam. Não há números exatos ou pesquisas a respeito, mas acredite, há pessoas que se convertem ao Judaísmo e se arrependem... só que não há volta. Não dá pra falar "Olha Hashem, pare com o contador de mitzvot aí pq cansei"... não dá. O "contador de mitzvot" continua registrando o que a gente faz...por toda a vida. Não tem volta.
E... para os que decidem mergulhar no mundo do estudo e mitzvot, a vida judaica começa a se abrir e começamos a ganhar respeito, conhecer novos amigos, aumentar nosso conhecimento...
Mas não há como garantir que tudo será como a gente quer. E mesmo que a vida não se torne exatamente como queremos, temos que prosseguir.
Ok, você já ajudou uma noiva hoje? Já visitou ou cozinhou para um doente? Deu tzedaka hoje, nem que seja depositar uma moeda em um cofrinho para que seja doado no futuro? Ninguém que lê meu blog rouba sequer um único clipe de papel do escritório, tenho certeza! hehehe
QUANDO VOCÊ MORRER, HASHEM IRÁ TE FAZER 6 PERGUNTAS
No tratado do Talmud, Shabat 31a, há uma descrição de 6 perguntas que Hashem faz para todas as almas, mais ou menos como um pequeno teste junto aos portões do Olam Habá (Mundo Vindouro) e nossas respostas para cada uma delas revelará a nós mesmos quem realmente somos no mais profundo de nosso coração. As perguntas são:
1. Você fez negócios comerciais com honestidade e integridade?
2. Você estabeleceu um tempo para estudo da Torá?
3. Você cumpriu o mandamento de crescei e multiplicai-vos?
4. Você aguardou a Redenção Final (era messiânica) com ansiedade e antecipação?
5. Você se dedicou na busca por sabedoria?
6. Você teve temor dos Céus?
Que estas perguntas te ajudem a refletir sobre o que realmente é cumprir mitzvot.
Kol tov,
Esther